
A borboleta no país encantado de todas as cores.
Era
uma vez uma borboleta, muito bonita, mas muito triste. Vivia muito triste,
sozinha e sem esperança em dias melhores.
Um
dia de manha acordou e teve uma ideia. Porquê não ir ao pais encantado com
flores de todas as cores e perguntar às fadas como poderia ter mais alegria no
seu coração triste. Ficou mais feliz e lá partiu. Teve que voar muitos dias e
muitas noites até chegar à fronteira do país encantado. Quando lá chegou,
estava cansada, já quase sem forças. Os guardiões da fronteira eram seres quase
invisíveis. Apenas se viam as suas cabeças e no resto do corpo podia passar o
ar. Viam-se os seus escudos e as suas lanças no ar, pareciam que flutuavam e o
que se passava realmente não era mais que os membros invisíveis dos guardiões
que as seguravam.
A
borboleta foi conduzida à sala onde se reuniam as fadas mais importantes e a
rainha das fadas de nome: Serenidade de uma Manhã Calma, perguntou à borboleta
o que a trazia ao país encantado. Esta respondeu, dizendo que era infeliz e
vivia sozinha e não sabia ter o seu coração mais alegre. A rainha das fadas
disse-lhe:
-
"A nossa noção do que é ser realmente feliz é diferente de homem para homem, de
mulher para mulher e de criança para criança. Por isso não te posso dar a
"receita mágica" tens que ser tu a descobri-la. Regressa à tua terra e lá
descobrirás, disso tenho eu a certeza."
A
borboleta não estava à espera desta resposta. Ficou um pouco desiludida e
regressou ao seu país, de nome: Terra das borboletas de todas as formas, que
povoam os sonhos dos homens para os fazerem mais felizes. Foi para sua casa e
começou a chorar, pois não tinha encontrado a sua "felicidade". Qual não foi o
seu espanto, quando ouviu alguém a cantar uma canção muito triste, mas muito
bonita. Saiu de casa e perguntou a esse alguém, porque estava a cantar tão
tristemente (não interessa saber quem era, e como era, nesta história, apenas
que era um ser em sofrimento). Respondeu-lhe que era infeliz, porque tudo o que
lhe era precioso lhe tinha sido tirado, nada tinha. Então a borboleta
disse-lhe: " - Podem ter-te tirado tudo, mas estás vivo, tens-te a ti e
apesar de estares só, há sempre alguém que precisa de nós e a quem tu podes
ajudar". Depois de ter dado esta resposta, a borboleta percebeu que tinha
encontrado a sua "felicidade": ajudar os outros.
E
assim termina esta pequena história, com a garantia de que o ser em sofrimento
consegui ser mais feliz.